Você sempre faz perguntas para seus alunos? Essas perguntas ajudam seus alunos a entenderem melhor a sua aula? Que tipos de perguntas você usa em sala de aula?
Na educação, os benefícios de fazer boas perguntas para os alunos são imensuráveis. Perguntas bem elaboradas incentivam uma reflexão mais profunda, estimulam o pensamento crítico e criativo, aumentam a participação dos alunos, clarificam o conteúdo, fortalecem relacionamento entre alunos e entre professor, estabelecem confiança entre aluno e professor, exercitam a memória, desenvolvem a comunicação oral, desencadeiam discussões animadas e produtivas, encorajam os alunos a fazerem perguntas, abrem a mente a outras opiniões, possibilitam novas descobertas, aumentam a autoconfiança, auxiliam na tomada de melhores decisões, encorajam os alunos a serem bom ouvintes, criam desafios, instigam curiosidade e incentivam a aprendizagem ativa.
Aqui estão alguns tipos de perguntas eficazes:
FACTUAL:
exigem respostas razoavelmente simples e diretas baseadas em fatos óbvios. Esse tipo de perguntas requerem geralmente um nível cognitivo (pensamento) ou afetivo (sentimento) mais baixo e as respostas são frequentemente ou certas ou erradas. Exemplos: Quem representa o poder legislativo? O que é a Independência do Brasil?
CONVERGENTE:
as respostas aceitáveis geralmente são claras e limitadas. Estas respostas normalmente exigem um nível cognitivo médio, encorajando os alunos a compreenderem, aplicarem e analisarem o assunto. Além disso, é possível também expandir os processos cognitivos dos alunos, adicionando perguntas onde os alunos tenham que justificar suas respostas baseadas nas evidências oferecidas ou inferências feitas. Exemplos: Qual foi a reação do personagem principal quando ele recebeu a notícia da sua mãe? Qual foi o impacto da independência do Brasil para o nosso país?
DIVERGENTE:
Essas perguntas permitem aos alunos explorar diferentes possibilidades e criar diversas respostas ou cenários alternativos. A resposta pode ser contextual e baseada no conhecimento básico, em projeções lógicas, na intuição ou imaginação. Estes tipos de perguntas muitas vezes exigem que os alunos analisem, avaliem ou sintetizem uma base de conhecimento e, logo depois, projetem ou prevejam resultados diferentes. As respostas a estes tipos de perguntas geralmente caem em uma ampla gama de aceitabilidade. Muitas vezes a correção é determinada subjetivamente com base na possibilidade ou probabilidade da resposta proposta. A intenção desses tipos de perguntas é estimular o pensamento imaginativo, criativo ou inventivo, ou investigar relacionamentos de “causa e efeito”. Exemplo: Na relação amorosa de Hamlet e Ophelia, o que poderia ter acontecido com seu relacionamento e suas vidas se Hamlet não estivesse tão obcecado com a vingança da morte de seu pai?
AVALIATIVA:
Esses tipos de perguntas geralmente requerem níveis sofisticados de julgamento cognitivo e / ou emocional (afetivo). Na tentativa de responder a esses tipos de perguntas, os alunos podem estar combinando vários processos ou níveis cognitivos e / ou afetivos, freqüentemente em estruturas comparativas. Muitas vezes, o aluno analisa a resposta em diferentes perspectivas antes de chegar a uma conclusão. Exemplos: Quais são as semelhanças e diferenças entre os jogos de gladiadores romanos e o futebol de hoje em dia?
Pode ocorrer qualquer combinação de tipos de perguntas acima mencionadas, mas é importante monitorar os tipos de perguntas que você está utilizando com os alunos. Além disso, é interessante desafia-los a criarem questões relacionadas ao curso e perguntar uns aos outros. Você pode ficar surpreso com o que os seus alunos conseguem produzir.
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Quero InovarMais sobre o impacto de fazer perguntas e exemplos de dinâmicas para seus alunos no vídeo abaixo:
Referências: Leslie Owen Wilson, Lynn Erickson, Daniel Lindley
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