O ouvir começa com a estimulação de estruturas que estão localizadas no sistema auditivo periférico, as quais possuem o objetivo de detectar, amplificar e discriminar estímulos acústicos. Muitas pessoas possuem dificuldade para ouvir ou não conseguem perceber a presença do som, devido a comprometimentos dessas estruturas. A avaliação audiológica é responsável em quantificar o grau da perda auditiva e colaborar com esse diagnóstico.
Porém, muitas pessoas apresentam dificuldade em discriminar, reconhecer e compreender a informação auditiva, apesar de apresentar a audição dentro da normalidade. Nesses casos, é fundamental investigar o processamento auditivo central (PAC).
A avaliação do processamento auditivo é responsável por identificar, analisar e quantificar as habilidades realizadas pelo sistema nervoso auditivo central (vias de tronco encefálico e áreas cerebrais), que são fundamentais no processo de compreender a fala e no desempenho da aprendizagem.
Crianças ou adultos com imaturidade/disfunção do processamento auditivo podem apresentar uma ou mais das seguintes características:
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- solicitam frequentemente a repetição da informação oral;
- manifestam desconforto e irritabilidade em ambientes ruidosos e com reverberação;
- apresentam dificuldade em entender e lembrar o que é falado;
- fazem trocas de sons na fala e ou escrita (troca do fonema /p/ e /b/ – ao invés de escreverem pato, escrevem bato; /f/ e /v/; /t/ e /d/; /k/ e /g/);
- apresentam dificuldade em interpretar textos e enunciados;
- manifestam dificuldade em compreender piadas, ironias e palavras de duplo sentido.
- Comportamento desatento e distraído;
- Desatenção a fala e aos sons que os rodeia.
As causas das alterações do processamento auditivo podem ser decorrentes de fatores hereditários ou adquiridos. Os principais fatores de causa adquirida são o quadro de otite média recorrente (principalmente nos primeiros 18 meses de vida) e a icterícia neonatal prolongada.
É importante lembrar que a avaliação do processamento auditivo é parte do diagnóstico em casos de dificuldades e transtornos de aprendizagem e é de fundamental importância que os resultados sejam analisados e integrados com outras avaliações (neuropsicológica, fonoaudiológica/de linguagem, psicopedagógica, neuropediátrica, entre outras) de acordo com os antecedentes e a queixa de cada caso.
O diagnóstico preciso favorece maiores possibilidades de orientações para pais e professores, encaminhamentos mais assertivos e condutas terapêuticas mais adequadas, minimizando o impacto do comprometimento e facilitando o processo terapêutico.
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